sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ta chegando a hora

"Um dia me disseram que ter um filho e abrir mão de bagunçar ia ser dificil. Que encarar uma sociedade hipócrita por ser mãe jovem ia me pedir forças infinitas.  Me falaram das dores do parto, do meu corpo diferente, depois das noites mal dormidas e da juventude diminuída. Mas nunca me contaram que cada sorriso que eu ganho vale mais que uma balada, beijos sem emoções ou experiências frustrantes. Não me contaram que esse cheirinho de bebê empreguina na alma e que ficar sem ele, nem que seja só para comprar alguma coisa para comer, poderia doer mais que a própria fome. Nunca me disseram que com eles podemos aprender tanto, aprender a amar incondicionalmente, aprender sobre o amor de Deus, a dar sem receber, a cuidar, a sorrir, a abraçar o tempo todo. Agora eu sei porque nunca gostei muito de ouvir. As pessoas falam demais, criticam demais. Nós temos sempre duas opções: reclamar ou simplesmente ser feliz. Eu escolhi ser feliz... Sempre!"

É, ta chegando a hora de poder ter nos meus braços essa coisinha que tanto mexe aqui dentro. Pra algumas pessoas, com a minha idade, ficar grávida é o fim do mundo. Como é que vamos cuidar, educar e sustentar uma outra vidinha se nem ao menos conseguimos nos sustentar? Confesso que essa foi uma das principais perguntas que eu me fiz logo que descobri. Da um medo terrivel, por um momento pensamos que perdemos a nossa vida pra sempre, que não vamos mais poder realizar aqueles sonhos que tanto idealizamos. Só que, no meu caso, a cada dia que passa uma solução aparece. Hoje eu sinto que sou a mulher mais feliz desse mundo. E que chegando mais perto do dia de pegar a minha pequenina no colo, essa felicidade só faz aumentar.

Sempre me disseram que o amor materno é assim incondicional, mas eu ainda não entendi direito o que é isso. Acho que nunca vou entender, ou melhor, nunca vou conseguir explicar o que é realmente. Só vivendo esse momento pra saber.